Sobre o Lisboa em Fado

Sobre o Lisboa em Fado

A nossa casa de espectáculos, “Lisboa em Fado”, fica situada no coração de Lisboa e nasceu da vontade de dar a conhecer aquela que é a canção nacional de Portugal, espelho da alma deste país e do seu Povo, e que foi em 2011 considerada como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO: O Fado.
Esta casa reflecte assim o espírito inspirador, sensível, e muito genuíno que caracteriza Portugal e os portugueses fazendo com que todos os que nela entram se emocionem com a nossa canção e que daqui saiam apaixonados por ela.

O nosso espectáculo diário visa proporcionar aos nossos visitantes uma experiência cultural e artística onde procuramos acima de tudo, dar a conhecer ao mundo a canção de Portugal.  Além disso, realizamos vários tipos de eventos, no nosso espaço ou noutro que preferir levando o fado até si através de uma experiência única e feita à sua medida.

A História do Fado

O Fado é uma canção urbana que nasceu em Portugal. É cantada em todo o país através das vozes dos fadistas e do som das suas guitarras. Espelha a alma do povo português e todos os temas que são intrínsecos a cada ser humano e com os quais este se depara ao longo da sua vida, temas estes que são: a paixão, a saudade, a perda, a alegria, a tristeza, o amor, o desamor… No fundo, todos os sentimentos que encontram no coração de cada ser.

Guitarras em Exposição

Na nossa casa, temos três Guitarras Portuguesas absolutamente únicas e que marcaram, através dos geniais guitarristas que as utilizaram, de forma inolvidável a história do Fado. Passe a conhecê-las melhor.

Guitarra Portuguesa de Raul Nery

Nascido em Lisboa em 1921, Raul Nery iniciou aos nove anos a sua aprendizagem na guitarra portuguesa, tendo sido então apadrinhado pelo grande guitarrista Armandinho.
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    Aos 16 anos dá início à sua profissionalização integrando o elenco do Retiro da Severa três meses após Amália Rodrigues ali ter ingressado, tornando-se posteriormente seu acompanhante exclusivo até 1954 quando termina o seu curso de engenheiro. Ainda na década de 50 trava conhecimento com Maria Teresa de Noronha, de quem foi acompanhante exclusivo durante vinte anos.
    Em 1959, a convite da Emissora Nacional, forma o Conjunto de Guitarras de Raul Nery com Fontes Rocha, Júlio Gomes e Joel Pina, acompanhando com estes Amália Rodrigues em diversos discos e espectáculos em Portugal e no Estrangeiro.
    A sua vocação era a de acompanhante da voz, o que fez como ninguém, porém apesar da sua qualidade, Raul Nery retirou-se cedo demais da vida artística após ter acompanhado, sem excepção, todos os grandes artistas da sua época consagrando-se como um dos maiores executantes da Guitarra Portuguesa e uma personalidade incontornável da História do Fado.
    Raul Nery deixou-nos a 14 de Junho de 2012 aos 91 anos. A sua guitarra foi construída nas oficinas do Cacém por João Pedro Grácio Júnior em 1964 tendo desde então acompanhado Raul Nery em todas as suas gravações, nomeadamente com Amália, Maria Teresa de Noronha, Teresa Tarouca e Carlos do Carmo.

     

Guitarra Portuguesa de Jorge Fontes

Jorge Fontes é uma figura essencial na história da guitarra portuguesa, nasceu na Vila dos Carvalhos, Vila Nova de Gaia, em 1935 tendo partido ainda jovem na década de 50 para Lisboa na sequência da sua participação no programa Festa da Rádio, em que acompanhou o grande cantor Alberto Ribeiro.
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    Como grande guitarrista, Jorge Fontes é o executante da guitarra portuguesa mais popular de sempre tendo editado dezenas de EP e LP, sendo igualmente um dos guitarristas que mais actuou em televisão e rádio em Portugal e no estrangeiro.

    Toda a sua atividade artística está associada às casas de Fado em Lisboa, onde durante anos Jorge Fontes e o seu Conjunto de Guitarras foi cabeça de cartaz e teve o mérito de apoiar o aparecimento de novos valores como foi o caso de António Chaínho, que se estreou como profissional no seu conjunto.

    A ele também se deve o mérito de divulgar os fabricantes de guitarras portuguesas, como é exemplo a capa de um disco em que se deixa fotografar na oficina de Mestre Gilberto Grácio.

    Morreu em janeiro de 2010, aos 75 anos. Kim Grácio construiu esta guitarra em 1957, sendo que se tornou das guitarras mais icónicas do Fado pela razão que Jorge Fontes fazia questão de figurar na capa dos seus discos com a sua adorada guitarra tornando-a assim, tão célebre quanto ele.

Guitarra Portuguesa de José Nunes

Reconhecido como um dos grandes guitarristas do Fado de Lisboa, José Nunes era na realidade natural do Porto, onde nascera em 1916, tendo com oito anos recebido as suas primeiras lições de guitarra com um sapateiro do Pereiró.
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    José Nunes estreou-se publicamente em 1930, sendo um pioneiro na divulgação da guitarra portuguesa na rádio, onde durante mais de trinta anos manteve presenças regulares, assim como também na televisão, sendo o primeiro guitarrista a aparecer na RTP apesar de sempre ter mantido o seu emprego diurno como técnico na Companhia do Gás e Electricidade onde havia ingressado em 1946.

    Como autor de guitarradas, são dele algumas das mais belas criações para a guitarra portuguesa. Acompanhante de muitos dos maiores nomes do fado, teve em Amália Rodrigues e no Álbum Busto no qual foram cantadas pela primeira vez as composições de Alain Oulman, composições essas que o próprio José Nunes apelidou de "óperas" devido à invulgar e complexa harmonia musical estranha então aos Fados.

    José Nunes era uma pessoa reservada e exigente, profundamente perfeccionista, mas que tinha uma especial predileção pelo convívio com amigos em que tocava por prazer e sem estar adstrito a restrições programáticas. Faleceu em Lisboa a 23 de Fevereiro de 1979.

    João Pedro Grácio Junior construiu esta guitarra na década de 1950 com a qual José Nunes registou todos os seus trabalhos mais marcantes, sendo o mais representativo deles o álbum Busto de 1961 considerado como o disco que revolucionou o Fado por nele Amália Rodrigues ter começado a cantar as melodias de Alain Oulman.

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